10.08.2016

A deficiência de iodo é reconhecida pela OMS como um problema de saúde pública e, recomenda a adoção de medidas de controlo e de combate à deficiência deste micronutriente, já que a sua carência em idade infantil pode comprometer o crescimento e o desenvolvimento cognitivo.

Neste sentido, docentes e estudantes dos cursos de Ciências da Nutrição e de Psicologia do Instituto Universitário de Ciências da Saúde da CESPU e a faculdade de Medicina da UP, participaram no estudo IoGeneration, financiado pelo Programa de Iniciativas de Saúde Pública da EEAGrants.

Este projecto, tem como objectivo, avaliar e relacionar os níveis de iodo com o desempenho cognitivo das crianças. Das 825 crianças da região Norte avaliadas, os resultados preliminares mostram que, mais de metade não tem níveis adequados de iodo, das quais 31% têm deficiência deste micronutriente. Acresce-se que, 24% das crianças avaliadas apresentam níveis excessivos de iodo, o que permite concluir que existe disparidades nos níveis de iodo das crianças em idade escolar. Quanto à solução deste problema, devem ser repensadas as políticas de promoção de saúde para combater este claro desequilíbrio nutricional em idade infantil, já que o iodo é um micronutriente essencial, para a síntese de hormonas tiroideias, que estão envolvidas no metabolismo energético e são, por isso, preponderantes na regulação do crescimento somático e neurológico.

 


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